A presidente da Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN) defende a necessidade de um maior investimento e envolvimento no sentido de tornar a rotulagem nutricional não só obrigatória mas também compreensível.
Confrontada com um estudo europeu sobre a sensibilidade dos consumidores relativamente à leitura dos rótulos nutricionais, Alexandra Bento afirmou à agência Lusa ser necessário "haver muito mais envolvimento e muito mais investimento para que as pessoas percebam que o rótulo tem de ser um instrumento importante" na escolha dos consumidores.
"Claro que aqui tem que haver força de dois lados: por um lado, por parte do consumidor em ter esta vontade de aumentar os seus conhecimentos em termos do que é que um rótulo diz e pode dizer, mas, por outro, a parte da normalização, no fundo, a rotulagem nutricional passar a ser uma exigência", defendeu Alexandra Bento.
O estudo, realizado pelo Conselho Europeu de Informação Alimentar no Reino Unido, França, Alemanha, Polónia, Hungria e Suécia, revelou que os consumidores europeus estão pouco sensibilizados para a leitura dos rótulos dos alimentos.
De acordo com o estudo, a maior parte dos consumidores contactados não olha para os rótulos nutricionais na altura da compra. Apenas 16,8% de um total de cerca de 6 mil pessoas afirmou procurar a informação nutricional.
Alexandra Bento manifestou-se surpreendida por só uma "pequena percentagem" dos consumidores ler os rótulos antes de fazer compras. O rótulo "tal qual ele está hoje não é muito apelativo, nem é muito fácil a sua leitura", o que poderá explicar os resultados do estudo, defendeu a presidente da APN.
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