A sopa e a fruta deviam regressar à mesa dos portugueses, apela uma campanha de sensibilização da população, alertando que esta ausência provoca carências nutricionais graves, sobretudo nas crianças.
Lançada pela Fundação Calouste Gulbenkian, a campanha nacional "Comer bem é mais barato" começou em Março, através dos meios de comunicação social, e está agora a fazer uma digressão por várias cidades, com acções de sensibilização. Passou por Évora, Lisboa, e vai continuar no Porto, Coimbra, Viana do Castelo, Faro e Santarém.
Luísa Vale, responsável pelo Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano, comentou, em declarações à agência Lusa, que a campanha quer transmitir essencialmente duas mensagens: que os alimentos que deixámos de comer provocam carências nutricionais graves, e que comer bem não é mais caro. "Fizemos um inquérito de rua e concluímos que há uma percepção errada. As pessoas pensam que comer bem sai mais caro, e não é verdade", sustentou.
A falta dos legumes, do leite e da fruta deixam de fora componentes essenciais para o organismo - como o zinco, o iodo, o ferro, cálcio e vitaminas -, sublinham os nutricionistas da campanha, e isto tem um impacto grave na saúde dos portugueses, e sobretudo no desenvolvimento das crianças.
A campanha "Comer bem é mais barato" vai continuar, até Junho, a fazer acções de divulgação para que os portugueses voltem a adoptar as refeições caseiras completas porque: "És aquilo que comes", diz o panfleto.
ALERT Life Sciences Computing, S.A. |