Mais de metade dos portugueses, 53,3%, considera o sabor o factor mais determinante na escolha dos alimentos que consome, segundo um estudo da Sociedade Portuguesa de Ciências da Nutrição e Alimentação, citado pela agência Lusa.
Neste trabalho, realizado em parceria com a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), o sabor surge à frente do preço, 32,9%, ou da tentativa de comer alimentos saudáveis, 32,6%. Outro dos factores que surpreendeu os investigadores foi o facto de a escolha dos alimentos para conseguir controlar o peso surgir apenas como uma das variáveis mais importantes para 18,2%o dos inquiridos.
Outro dos resultados que chamou a atenção dos investigadores teve a ver com as diferenças determinadas pelo sexo dos inquiridos, com uma “muito maior proporção de homens do que de mulheres a referir o facto de ser outra pessoa a decidir a maior parte dos alimentos que ingere”, apontou à Lusa, Rui Poínhos, um dos membros da FCNAUP envolvidos no estudo.
Entre os factores que têm maior importância no consumo alimentar, estão ainda a rotina, 29,6%, disponibilidade dos alimentos, 25,6% ou a qualidade, 24%. Segundo o estudo, a cultura, religião ou etnia também determinam a escolha dos alimentos para 3,4% dos inquiridos. Em relação aos considerados mais influentes pelos portugueses na sua saúde, Rui Poínhos admite que a “surpresa foi menor” pois a alimentação surge em primeiro lugar, com 57,5%, seguindo-se o stress, com 27,9% e a prática de exercício, 20,5%.
De acordo com o especialista, estes dados devem ser ponderados quando se faz uma campanha para tentar promover determinados hábitos alimentares. O estudo “Estilos de vida e de Alimentação da População Portuguesa” foi realizado em 2009 e abrangeu um universo de 2.855 inquiridos.
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