Os medicamentos contra a Obesidade ainda devem provar que os seus efeitos benéficos para a saúde são maiores que os seus possíveis riscos, afirma um estudo publicado na revista médica britânica "The Lancet".
O estudo refere que nos testes realizados com os fármacos orlistat (nome comercial do Xenical), sibutramine (Sibutral), rimonabant (nome comercial do Acomplia), "a ausência de resultados sobre os seus efeitos para a saúde é uma de suas principais falhas".
Além dos resultados relacionados com a perda de peso (em média 3 quilos com o orlistat, 4 a 5 quilos com o sibutramine e o rimonabant), a equipa liderada por Raj Padwal e Sumit Majumdar, do University of Alberta Hospital, Edmonton, Canadá, dizem ser preciso conhecer melhor os benefícios esperados na luta contra doenças ligadas à Obesidade.
Segundo os cientistas, o orlistat reduz a manifestação da diabetes nos pacientes de alto risco, mas tem efeitos secundários ao nível do tracto gastrointestinal. Quanto ao sibutramine provoca pressão alta, insónias, náuseas e prisão de ventre e é, portanto, contra-indicado em pacientes que sofrem de Hipertensão ou problemas cardíacos.
O rimonabant favorece o HDL (o denominado "bom" colesterol), reduzindo os riscos ligados a diabetes, mas pode também provocar náusea, vertigem, diarreia ou problemas psíquicos (principalmente Depressão).
A Food and Drug Administration (FDA), que ainda não se pronunciou sobre a comercialização do rimonabant, autorizado na União Europeia desde Junho, destaca que estes três medicamentos contra a Obesidade têm "eficácia modesta".
Antes de autorizar a comercialização ou o uso prolongado dos medicamentos contra a Obesidade, é necessário "exigir testes clínicos que possam demonstrar a sua capacidade de reduzir significativamente a mortalidade e morbilidade ligada à obesidade", acrescentam os especialistas, destacando ainda o elevado custo de tais medicamentos.
MNI- Médicos na Internet
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